domingo, 3 de julho de 2011

Adoção especial


Este é o Nino. Tem uns 10 ou 11 anos e NUNCA conseguiu uma adoção. Perambula pelo condominio, há uns 10 anos. Foi castrado há uns 8 anos porque eu tomei a iniciativa. Onde moro é assim, a eterna briga entre gatos, árvores e moradores.. Fora a intolerância e estupidez.
Temos uns 5 gatos atualmente, muito bravos, já velhos, alguns com mais de 10 anos, descendentes daqueles que já viviam no terreno onde foi construido pela Sistema de Habitação em São Paulo o condominio que moro, há mais ou menos 25 anos. São todos castrados e cuidados pelas pessoas que os amam (são poucas). Não podem ir para uma casa pois, não têm perfil para adoção (são bravos e não toleram ambientes fechados). Importante dizer também que a população foi controlada visando não incluir mais animais. Os animais são os mesmos de sempre.
Nino apareceu por lá, vindo não se sabe de onde, atrás de fêmeas no cio. E acabou ficando. Agora, velho, tem um tumor no céu da boca, e com a ajuda de uma veterinária amiga, resolvi cuidar dele, dar-lhe um nome (acho importantissimo isso, principalmente magicamente) e intercalando visitas e internações e aplicação de medicação para recuar o tumor.
Com as temperaturas baixas do inverno, não concordo que o Nino deva ficar no chão frio e ventoso do condominio então ele vem para minha casa. Dorme a maior parte do tempo, babá muito, com cheiro característico, e assim mesmo procuro entender e limpar tudo sempre. Acho que todos podemos passar por isso, sejam  humanos ou animais, mas a diferença está na compaixão ou na forma de fazer diferente, sem prejudicar nada e ninguém.

4 comentários:

Cristina Altheia Bortoli disse...

Infelizmente a falta de sensibilidade e amor tornam reais histórias como essa, não entendo porque os gatos são tão incompreendidos e despertam tais sentimentos nas pessoas. Compaixão é algo maravilhoso, compreender e ajudar da forma que pode, infelizmente não da forma que eles merecem, mas com sua importância tamanha, trazendo um pouco de dignidade. Sem contar com a minimização do sofrimento dele. Me emocionou muito.

Lina disse...

Olá, Elaine!Coitadinho do Nino, ainda bem que ele encontrou a sua amizade. Eu também tenho uma gatinha preta, a Duquesa, que está na minha mãe pois moro em apartamento e acho que os gatinhos gostam mais de liberdade e lá ela tem um belo quintal e lugar quentinho para dormir, já tem quase 10 anos e está linda!Não gosto de ver ninguém maltratando animais, não temos esse direito!
Linda e comovente história!
Beijinhos

Edmur disse...

Sem contar que ele é muito obediente e inteligente... É o Ninão!

Mírian Martins disse...

Elaine amada,
Fiquei emocionada com o seu gesto.
Sua atitude está sendo analisada pela Providência Divina e seus dias serão prolongados e providos de muita saúde e harmonia por ser um humano que faz a diferença nesse mundo tão cruel.
Beijo no coração.