segunda-feira, 7 de maio de 2012

Blogagem Coletiva Teia Ambiental - Educação e ação

Não há avanço se não houver educação, se não houver comprometimento.

Penso que se quisermos mudar alguma coisa, estabilizar o aquecimento global, por exemplo,  teremos que ter mais do que boa vontade. Teremos que ter muito mais ação.

Uma das coisas que mais me irrita é ver que o assunto aquecimento global atinge pouquíssimas pessoas, geralmente pela internet, muitos blogueiros, mas nas camadas mais pobres onde a educação, a mudança de hábitos não chega em forma de informação, nem sequer existe um suspiro de ecologia ou sustentabilidade.

Onde trabalho implantaram há pouco tempo,  a separação do lixo (papel, embalagens, etc) daquele lixo onde vai cascas de fruta, etc. Então os profissionais da limpeza entram de sala em sala para retirarem com o saco azul, o lixo separado e com o saco de lixo preto, o restante. É muito interessante observar.

No começo pensei se tratar de resistência com relação à mudanças, tudo que conhecemos sobre zona de conforto, novos hábitos etc e tal. Mas as pessoas estão mesmo muito bravas! Não querem nem jogar na lixeira certa e quem recolhe está revoltado porque não gostou de ter sido colocado mais um "trabalho" pra fazer. Imediatamente ao reparar isso pelos corredores e em minha sala pensei: e em casa como fazem? Não separam o lixo então? Penso, o que será que acontece com a maioria das pessoas, principalmente aquelas que mais precisam e precisarão(vide a falta de água potável no planeta), que se mostra tão resistente à separação de lixo?

Outro fato que acontece comigo: pessoas, eu não pego panfleto dos entregadores de panfletos e propagandas de tudo que se possa imaginar! Não quero comprar: pneus, casas, apartamentos ou o que quer que seja que esteja escrito naqueles papéis. Sou uma pessoa que não cria demanda, entende? Detesto cópias reprográficas que vão para o lixo em forma de receitas, emails, conversas, etc. Não suporto desperdício de papel. Imprimo somente o muito necessário, inclusive no trabalho.

E ouvi certa vez de uma pessoa que ficou indignada por que eu disse " não, obrigada": - "poderia ajudar a gente, não vê que estamos trabalhando?"

Sinceramente não vejo. Se quero comprar, não preciso ler panfletos nas ruas, aliás não gosto de empresas que ajudam a derrubar cada dia mais árvores (mesmo as replantadas ok?) para auferir lucro vendendo de agulha a helicóptero. Se quero comprar, não vai ser no farol que vou decidir, aliás me dá um enjoo ler com o carro andando!

Trabalhos como estes e outros deveriam sumir do mapa! Estou muito má? Ou estou vendo algo que ninguém se deu conta, ainda?
No papel de donos de nossas vidas, eleitores, cidadãos, poderemos pensar até onde o meu trabalho contribui para mim, para minha família e para o planeta. Qual é o meu papel aqui nesta vida? Somente trabalhar e pagar? Somente trabalhar, pagar e ostentar? Se for assim, podemos aliviar este "carma coletivo", pensando também, no que posso fazer pelo planeta Pois sei e sabemos que o planeta vai se regenerar sozinho, ele já passou catátrofes homéricas antes, foi sacudido para todos os lados e sobreviveu, mas a que preço para os moradores dele? Pelo que temos que passar para que muitas e muitas pessoas acreditem que o assunto realmente é sério e empurrar aquela sujeira da garagem com a mangueira escancarada de água pura e potável é,  no mínimo,  sandice..


Devemos fazer nossa parte quando temos empregados: na nossa empresa, seja ela  pequena ou grande e, também,  em nossas casas.
Perguntas do tipo: você separa o lixo em sua casa? Seus animais domésticos são castrados e vacinados? Seus filhos estão na escola? Por que não? Não creio que só porque a pessoa trabalha conosco, ficamos impedidos de passar  informações que lhes sejam úteis em suas vidas pessoais. Se eles vão fazer não sei. Não tenho o interesse em ser catequista. Mas o que realmente importa,  é que pra mim e para minha família o rumo da vida do planeta é de nosso interesse.

Para comemorar a Segunda sem Carne, vejam esta sobremesa deliciosa. Pizza de banana com canela. A  receita está aqui. Cortei bananas maduras, acrescentei canela em pó e cacau,  na hora de assar. Sirva com sorvete.

Paz e bem para o mundo

7 comentários:

Marites Rehermann disse...

Adorei o post, quanto mais divulgarmos assuntos sobre sustentabilidade, mais chances terá o planeta de sobreviver!

Tenha uma ótima semana!
Beijos!♥

Josy disse...

Elaine querida, excelente seu texto, de fato, pequenas ações diárias podem fazer toda a diferença para o meio ambiente e com isso podem ser consideradas verdadeiras revoluções no modo de pensar e agir. Bela participação amiga. Bjos ótima semana

Green Womyn disse...

Hum, fiquei com vontade de pizza de banana agora (rs).

Olha, se você não conseguir uma cópia de "A Tenda Vermelha", há um PDF dele lá no grupo Ciclos Naturais Femininos, viu?

Beijo!

RUTE disse...

Olá Eliane,
estou gostando de ver você com a força toda, de novo.
A separação do lixo é um tema sempre atual que aos poucos vai ganhando mais e mais adeptos. Porém ainda há muitos lugares comerciais que misturam tudo. Especialmente na zona de restauração dos shopping.

Aqui em Portugal há uma coisa que está se verificando, os self-services de comida estão renegando os descartáveis e optando por utensilios reutilizáveis como pratos, talheres e copos. Já é um bom principio.
Beijinhos alegres de te rever, embora agora sou eu que estou no lodo de trabalho.
Rute

Lina disse...

Olá, Elaine! Infelizmente ainda existe muita gente a pensar assim. Aqui em Portugal muita gente faz reciclagem e temos no nosso trabalho, nas ruas, nos shoppings pontos de recolha separados. Mas ainda ouço comentários pré -históricos do tipo: Separar para quê? Eles que ganham com isso que separem! é o cúmulo do egoísmo não é? E como escrevi no meu texto com a crise a educação também fica escondida...Ainda há muita gente que joga lixo nos matos, dá uma raiva! Temos de acalmar!Estamos as duas muito bravas!
Beijinhos verdes, mas não de raiva!

Flora Maria disse...

Vou começar falando da pizza de banana ! Uau, deve estar uma delícia!

Já passei por essa etapa de ver as "caras feias" das pessoas quando ensinamos a separar o lixo...
Mas é tudo questão de hábito. Faz 20 anos que separo meu lixo de forma tão natural que fica difícil entender quem não o faz.
Mas entendo que a pessoa ainda não chegou no seu momento ambiental.

Bom ter você conosco na nossa Teia Ambiental !

Beijo

Anônimo disse...

Elaine querida,

Depois de dois meses sem participar da nossa Teia, estou de volta!
2012 está uma loucura para mim, nem imaginas o quanto?

Estava aqui lendo sua postagem e tudo que dissestes foi perfeito!!!
Moro há 3 anos em Goiânia, e tudo é um caos: na limpeza pública, aonde precisamos cobrar serviços que são vitais para uma cidade, na área ambiental aonde tudo fica só na conversa......pois os rios estão poluídos, as matas sofrem queimadas inconseqüentes e sem contar com a poluição visual causada por estes cidadãos que entregam panfletos emporcalhando mais ainda a cidade.
E o povo é completamente alienado, estão só ás voltas com sertanejo e tudo que diz respeito ao consumismo desenfreado.......as mulheres daqui parecem árvores de natal ambulantes, cheias de penduricários e dez quilos de maquiagem no rosto.
São pessoas completamente adormecidas, e pior que isto, não procuram evoluir e crescer em suas atitudes internas......aliás, não demonstram nenhum interesse em querer mudar suas realidades, da cidade e do planeta.
Ontem eu estava caminhando na praça que fica na esquina da minha casa, e você não acredita a cena que tive que ver......uma senhora de idade que estava com uma sacolinha na mão, abriu e jogou uma garrafinha de plástico no chão e desceu sossegada, como se não tivesse acontecido nada.
Quando eu me aproximei, peguei a garrafinha e joguei na lixeira da praça, sem acreditar naquilo!!!
E aqui as pessoas infelizmente são assim, jogam tudo na rua: papel de bala, saquinhos de bolacha, copos de plástico......enfim, são posturas que não existem mais, e aqui a falta de cultura e de educação é enoooorme.
Eu sei que tem horas que desanimo, pois a cidade em que fui criada desde meus 6 anos de idade - Indaiatuba/SP, é outra realidade, entende?
Eu tive uma outra criação, e quando me deparo com algumas atitudes tão primitivas, tenho que me segurar.
Entendo perfeitamente sua postagem......assino embaixo!

Um grande beijo em seu coração!!!!
E só Deus para nos ajudar!!!!